quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que te toma quando as luzes se apagam?

PS: uma noite, me veio uma idéia que deu idéia a outras histórias, mas quero a participação de todos, por isso a enquente! o que você faz quando somem as luzes? pensamentos, ações, tudo é válido. Comenta aí, e me ajuda  na idéia de outras idéias!!  ;]


Alegrias,
Dores
Rangores,
Prazeres,
Ausências,
Passos tortos ou apurados,
Vontades reprimidas,
Pensamentos recorrentes,
Atitudes inconscientes
ou automáticas,
Refúgio ou perigo,
O que te toma quando a luzes se apagam?
O que na mente te ilumina persistentemente
Quando a escuridão insiste no invisível?


(Suzianne Santos)

Quando as luzes se apagam (Início)

[18:00h]



Enfim o fim!!!
Adeus você, até outro amanhecer!
Hahaha!!...sem graça...


Enfim...o fim de mais um dia laborioso
O sujeito amarelado do céu se despede
E dar espaço ao luar e suas artificiais luzes


É interessante o quanto a natureza humana
se incomoda com a escuridão
Procura sempre e sempre sombras de luz,
Seria isso uma forma de proteção??


Todos querem ver,
Querem abrigo,
apalpar a realidade outrora visível.


É como se temessem a penumbra,
Como se as luzes calassem o que a alma aprisiona
ou seria a escuridão a aprisionar a alma..??.. Enfim..


Ahhh
Queridos ouvintes
Mas hoje não é um dia qualquer
Permita-me tira-lo do cenário
rotineiramente circular de sua vida,
pois hoje a noite é inquieta e arredia


Passageiro, não passe despercebido
E dilate as pupilas para o intempestivo!
Posto que se aproximam episódios
de uma cena invertida


Sem mordarças ou cadeados,
a noite revela as vozes secretas
da escuridao silenciada
e veremos com tamanha nitidez
o que ocorre quando as luzem se apagam
e o “invisível nos salta aos olhos”


(Suzianne Santos)

Sobre poetar II

Por que o poeta precisa da dor
Da solidão e desamores pra escrever


Porque a felicidade se faz bonita
Mas apenas visivelmente
Posto que quando lida
A dor se faz mais querida


Se torna companheira
Dedilhada a cada cambalhodar das letras
Num jogo inconstante de brincar com palavras e sentimentos


Porque o que dilacera é que dar vigor às palavras
E inunda a caneta de sentimentos oblíquos


Como a cambaliar, rodopiar
ou mesmo valsear
um poema se controi
com tanto ardor que
o coração alheio
palpita ou se esvazia
como se encontrasse nas palavras
um reflexo literário do que lhe angustia


É a arte de poetar
É a arte sofrida
É o coração nu e cru
Sentido e espelhado





(Suzianne Santos)

Sobre poetar

É ter a cumplicidade das palavras,
tornar visivel a inquietude d'alma,
suavemente gritar em rabiscos
e violentamente embebedar-se
em um temporal de sentires

É não se conter
dentro das paredes de seu ser
Trazer a angústia
para o outro alheia,
um estado constante
do intenso desmetido...

Lamúrias, nostalgia,
revoluções, desprazeres,
um novo dia,
tudo cabe em si
tudo buca definir

E no brincar de conjugar a vida
se transforma em um enigma
leve e sombrio,
agridoce,
por hora no escrito se acha,
por outras, perde-se de vez





(Suzianne Santos)

Aquilo que persiste

Por mais que as águas mudem
e o céu pinte outra cor
Algo insiste a persistir


Teu cheiro penetrou em minha pele
E teu olhar é preciso para que
Feliz seja o dia


Porque a ausência
Torna-se companheira constante
E a presença, um obliquo sonho


A persistência falta
como qualidade querida
Quisera eu que persistisse
meu toque em sua pele
e os lábios, agora distantes


insiste a incrédula lembrança
que te traz de novo a mim
e de novo persiste
o que preterivelmente
não existe





(Suzianne Santos)